A Engenharia Civil é uma das profissões mais antigas e requisitadas pela sociedade, até por razões de sobrevivência do homem, o que, de forma natural, levou o curso de Engenharia Civil a ser o precursor na maioria das Instituições de ensino superior e, mais particularmente, nas chamadas Escolas Politécnicas ou escolas de engenharia.
Em Sergipe esse fato não foi verificado, pois criada em 1968, a Universidade Federal de Sergipe teve seu Centro de Ciências Exatas e Tecnologia assentado na chamada Escola de Química, com alto reconhecimento de seus Cursos de Engenharia Química e Química Industrial.
Até então, a Engenharia Civil era exercida em Sergipe por profissionais qualificados em outros estados, principalmente na escola politécnica da Universidade Federal da Bahia, por ser a opção mais viável para os sergipanos realizarem seu curso superior.
A consolidação da Universidade Federal de Sergipe permitiu, em meados dos anos 70, o atendimento à reivindicação da comunidade na abertura do curso de engenharia civil, tendo sua primeira oferta de vagas no Vestibular de 1975, com a entrada, no mesmo ano, de 60 sessenta alunos, distribuídos em duas turmas de 30 (trinta) para cada semestre. A metodologia esta mantida até hoje.
A ansiedade despertada pelo curso na comunidade pode ser atestada pelo apoio que a universidade recebeu dos órgãos governamentais estaduais e federais, na cessão de suas estruturas físicas para o desenvolvimento do curso, principalmente em seus primeiros 5(cinco) anos, podendo ressaltar:
Departamento de Estradas de Rodagem (DER/SE), na disponibilização de seus Laboratórios de solos para aulas práticas de mecânicas dos solos.
Instituto de Tecnologia e pesquisa de Sergipe (ITPS), na disponibilização de seus laboratórios de materiais de construção e eletrotécnica para o desenvolvimento das obrigatórias práticas correspondentes.
Escola Técnica Federal de Sergipe (atual IFS), na disponibilização de suas salas de aula e equipamentos topográficos para as aulas de Topografia.
Descrever sobre o Curso sem mencionar pessoas teria um certo caráter imparcial, mas, acima de uma simples homenagem, o senso de justiça deve pesar em qualquer circunstância, principalmente no reconhecimento de que o alcançado é fruto de determinação e persistência de alguém.
Reconhecendo o trabalho de todos, inclusive de todos os ex-alunos que fizeram e fazem o Departamento de Engenharia Civil órgão da UFS responsável pelo Curso, cabe, nesta oportunidade, ressaltar o empenho na formação e consolidação do curso de engenharia civil, dos seguintes professores:
Luís Bispo, magnífico reitor da Universidade Federal de Sergipe que implantou o Curso de Engenharia Civil na Instituição.
José Aloísio de Campos, reitor que, juntamente com seu Pró-Reitor, prof. Nestor Piva, consolidaram o curso, compondo seu quadro de pessoal e sua estrutura física no Campus universitário.
Joel Fontes Costa que, além de suas sempre lembradas aulas de Topografia, levava as necessidades do Curso ao Governo Estadual e a Escola Técnica Federal;
Dalva Nou Schneider que, como verdadeira madrinha, ligava os alunos do curso, carentes de orientação, à administração da instituição.
José Barreto Fontes que, como diretor do instituto de química, desempenhou papel importante na inserção do curso no ambiente dos predominantes químicos.
Com o envolvimento de todos os sergipanos e, mais particularmente, dos supramencionados, o Curso de Engenharia Civil da Universidade Federal de Sergipe foi reconhecido pelo MEC - Ministério da Educação e Cultura através da portaria 67/80 de 16 de janeiro de 1980.
Observe-se que esse reconhecimento, permitiu o exercício profissional amplo de todos os seus concludentes, desde sua Primeira Turma de 17(dezessete) alunos, em Dezembro/79, até as atuais.